Displasia coxofemoral canina: saiba mais sobre
Receber a notícia de que o seu amigo peludo tem displasia coxofemoral canina é assustador para qualquer tutor de cães, considerando que a doença ortopédica e hereditária causa muito sofrimento e danos irreversíveis aos membros traseiros do animal diagnosticado.
Com isso, junto de um diagnóstico precoce, fisioterapia, tratamentos é possível oferecer uma vida melhor ao pet. Assim, pensando na complexidade da displasia coxofemoral em cães, a nossa equipe do Planeta dos Animais preparou esse conteúdo para esclarecer diversas dúvidas sobre a doença. Confira!
O que é displasia coxofemoral canina?
A displasia coxofemoral canina ou displasia de quadril em cães é uma doença genética que causa o crescimento assimétrico dos tecidos moles e o tecido ósseo, provocando degeneração principalmente de estruturas como a cabeça do fêmur, a cápsula articular e o acetábulo (local onde se encaixa a cabeça femoral).
O que causa displasia coxofemoral em cães?
A displasia em cachorro é uma doença hereditária, ou seja, passada geneticamente dos pais para os filhotes, que pode ser agravada pelos fatores nutricional e ambiental. O peso do animal (obesidade), exercícios de alta intensidade e pisos escorregadios, por exemplo, podem acelerar o aparecimento e progressão da doença.
Qualquer cachorro pode desenvolver displasia, porém, os de tamanho médio, grande e ou gigante têm maior predisposição para a doença. As raças mais acometidas pela displasia de quadril em cães são:
- Labrador;
- Golden Retriever;
- Rottweiler;
- Pastor Alemão;
- Bernese Mountain Dog;
- São Bernardo;
- Dogue Alemão;
- Bulldog Inglês.
Displasia coxofemoral em cães: sintomas que você deve se atentar
Os primeiros sintomas da displasia coxofemoral canina podem aparecer logo no início da vida de alguns animais, entre quatro e dez meses de idade; enquanto em outros,quando mais velhos, geralmente, entre quatro e seis anos, com desenvolvimento de artrose canina associada à doença.
Um cachorro com dificuldade de levantar a parte traseira é um dos sintomas básicos da displasia coxofemoral que serve de alerta, assim como quando o cachorro começa a ter dificuldade para se locomover, evita correr, pular e subir escadas, e passa a se sentar de lado por conta da dor. Mas você deve se atentar à outros sintomas característicos da doença, como:
- Redução de massa muscular da coxa;
- Dor no quadril;
- Manqueira;
- Alterações na forma de andar;
- Inflexibilidade nas patas traseiras;;
- Limitação dos movimentos;
- Insegurança ao usar os membros traseiros;
- Tombos repentinos;
- Dificuldade de locomoção e, em casos mais avançados, paralisia.
O cachorro com displasia coxofemoral pode apresentar, ainda, deslocamento de quadril, luxação coxofemoral e perda de apetite e apatia por causa da dor. No caso de aparecimento de qualquer um dos sintomas citados, é importante levar o pet ao veterinário imediatamente.
A displasia coxofemoral em cães tem cura?
Infelizmente, a displasia coxofemoral canina não tem cura. Contudo, dependendo do estágio da doença e da idade do pet, existem diversas formas de tratamento que podem ajudar a diminuir a dor, retardar o avanço da artrose e manter ou restaurar a função normal das articulações do cachorro.
Displasia coxofemoral: tratamento pode dar conforto ao pet
Nenhum tutor deseja ver o seu pet em sofrimento. E, se não há cura para a doença, quais seriam, então, os tratamentos disponíveis para um cachorro com displasia coxofemoral? Opções como reabilitação, terapias, medicamentos e até procedimentos cirúrgicos podem ser indicados por um médico veterinário especializado em ortopedia veterinária, dependendo da situação de cada animal.
Nos casos mais graves, no qual a melhor opção é um procedimento cirúrgico, pode-se optar por implantar uma prótese total do quadril para restaurar a funcionalidade da articulação e minimizar a dor; ou realizar uma cirurgia corretiva (osteotomia), quando não há artrite.
Para os cães não candidatos à cirurgia, indica-se outras formas de tratamento
Há casos em que o cãozinho não poderá realizar o tratamento cirúrgico. Porém, mesmo assim, é possível partir para outro métodos para tratar ou aliviar a condição da displasia coxofemoral canina, conforme as orientações do médico veterinário. Tendo isso em vista, alguns tratamentos não cirúrgicos podem ser:
- Fisioterapia, hidroterapia e natação: para o fortalecimento da musculatura e condicionamento físico, aumentando a sustentação do quadril;
- Controle do peso: para evitar obesidade canina que contribui com a progressão;
- Suplementos e medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios;
- Homeopatia: para diminuir a dor e aumentar o bem-estar do pet;
- Terapias como acupuntura, crioterapia, massoterapia e eletroterapia: para aliviar dores, tensões articulares e musculares;
- Alopatia: vitaminas e aminoácidos para controlar a dor e ajudar o animal a conseguir realizar o tratamento da fisioterapia em casos mais graves.
Vale ressaltar que até mesmo os animais operados devem seguir as atividades de reabilitação, suporte analgésico e exercícios orientados, sempre com acompanhamento de um médico veterinário, para manter uma boa qualidade de vida.
Como prevenir a displasia coxofemoral canina
Por se tratar de uma doença genética, a displasia coxofemoral canina é difícil de ser prevenida, e, mesmo com todos os cuidados, infelizmente o cãozinho ainda corre o risco de ser acometido pela doença. Mas existem alguns cuidados essenciais que todo tutor deve seguir para evitar potencializar o desenvolvimento da displasia coxofemoral, caso ele possua o gene da displasia coxofemoral.
Primeiramente, atente-se à escolha da raça do cachorro, o histórico de saúde dos antecessores e se há predisposição genética para que ele desenvolva a doença. Para isso, é importante levar o seu pet a um médico veterinário especializado em ortopedia veterinária para uma consulta inicial. Lembre-se que quanto mais cedo a displasia coxofemoral foi diagnosticada, melhores serão as chances de controlar a doença.
Veja 3 dicas importantes para saúde do seu pet
Se for o caso de um diagnóstico positivo, você ainda pode implementar outros cuidados na rotina para melhorar a qualidade de vida do seu pet. Nesse sentido, conheça alguns exemplos simples que são essenciais para a saúde do seu animalzinho:
1) Ofereça uma alimentação balanceada e saudável
Evite suplementos como cálcio ou arnica, pois eles são prejudiciais na fase de crescimento e adulta dos cães. Escolha uma ração apropriada para a raça e necessidades do seu cachorro, e evite oferecer comidas gordurosas que possam contribuir para o ganho de peso excessivo.
2) Incentive atividades físicas moderadas e regulares
Passear com o seu pet regularmente é importante para o bom desenvolvimento da massa muscular e faz bem tanto para ele quanto para você. Porém, evite exageros, como longas caminhadas e atividades de alto impacto, especialmente durante a fase de crescimento.
3) Crie um ambiente seguro e cheio de amor
Um local arejado, com sombra e água fresca é o básico para um ambiente apropriado para o seu pet. Mas um piso que não seja liso, para evitar escorregões e quedas, por exemplo, é essencial para a saúde do seu animalzinho e muitas vezes pode passar como um detalhe despercebido pelos tutores. Por isso, prefira carpetes, pisos emborrachados e de textura áspera.
Agora que você sabe o que é displasia coxofemoral canina, não deixe de compartilhar este conteúdo com a sua rede de amigos e parentes. Assim, você ajuda a conscientizar tutores a respeito desse problema. Confira também outras matérias feitas pela nossa equipe do Planeta dos Animais sobre diversos assuntos do mundo pet:
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Agradecemos a leitura e até a próxima!